domingo, 30 de janeiro de 2011

Silêncio da noite.






''Ás vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois.'' Foi com essa música que ele subiu no palco e eu o vi pela primeira vez, sorriso encantador e cabelo levemente desarrumado, eu tinha adorado seus olhos. Então quando ele disse ''quem quiser cantar, só pedir'' eu levantei a mão e fui em sua direção ''gostaria de tentar'' você pegou o violão, e eu o microfone.


Cantamos juntos e a plateia nos aplaudiu em pé, você também tinha gostado de mim e pediu meu número e eu achei melhor dar o errado, eu sei.. você deve se tá perguntando porquê, mas pensei que se ele realmente havia gostado de mim, ele me procuraria onde quer que fosse e achei melhor esperar.


Dito e feito, ele estava em pé na porta do meu apartamento, tentando me desvendar e eu lhe contava cada mínimo detalhe da minha vida, e ele ficava cada vez mais fascinado e eu também.. eu adorava cada vez mais esse modo de me escutar, de conversar comigo, de tentar realmente me conhecer, era tudo novo pra mim e era maravilhoso.


Mas foi só aquele dia, e nunca mais.. ele não voltou, talvez tinha me esquecido ou fazia isso com todas, nunca vou saber, mas aquele dia pra mim nunca será esquecido, foi maravilhoso e as vezes, no meio da rua fico olhando ao redor para ver se ele está por lá, mas nunca está. ''Ás vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois.'' E foi com essa canção que eu nunca mais o vi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário